segunda-feira, 17 de março de 2014

MINHA MORTE (PASSO PARA A ETERNIDADE)



Com um chapéu pontudo, capa e vestido de bruxo, jogo a varinha no chão, tiro o chapéu e também o jogo no chão, corro pelas gramas entre as montanhas, e o ar puro que só a natureza tem, corro, corro e corro sorrindo alegre, uma lindíssima melodia soa, como uma memória universal, minha vida passa diante dos olhos de todos, afetando, contagiando, corações e influenciando em ideia, como um mago que tudo sabe e tudo vê, como um místico que tem poder, como um sábio que sabe viver e como um deus que tem o remédio e a resposta pra tudo.
Um filósofo que veio de passagem, um mestre que recusou a ensinar, um rei que se disfarçou de súdito e um príncipe que não se mostrou príncipe, um sábio que se escondeu o tempo todo, eu sou uma estrela que não se apaga.
Corro abrindo os braços, indo em rumo à eternidade para morar no reino dos sábios guardiões do Universo, ao lado de Lao Tsé, voando em cima de um dragão ou de um livro (o Tao The King) indo para lá para sempre, retornando pelas nuvens apenas quando de mim precisarem.

Eu não morri, apenas entrei na eternidade.



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6 comentários:

  1. Magnífico, encantadíssima, lindo demais meu rapaz, belo demais meu garoto.

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  2. Este poema é uma metáfora que o autor faz ao grande mago universal. O Guardião dos portões dos quatro cantos do mundo encarnado passageiramente em um humano. A foto penso eu que quer dizer a encarnação na carne, mas que em essência é um deus.

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  3. Muito interessante o final do texto, voltando apenas quando de mim a humanidade precisar. Agora vejam Cristo disse que voltaria, Buda disse que votaria num futuro distante e ia se chamar Maytréia, Krishna disse que voltaria quando o mau estivesse predominando, para salvar os bons e julgar os maus, rei Arthur ao partir para Avalon prometeu voltar para salvar a Inglaterra quando esta mais precisasse, todos prometem voltar, todos. Será qual o significado desta segunda vinda?

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    1. Será que o autor é um deus de passagem e vai voltar num futuro? Ou será mais uma metáfora mitológica igual a Cristo? Buda? Krishna? e outros.

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  4. “A encarnação é uma jornada do falso para o real, da escuridão para a luz, da morte para a imortalidade. O que você pode fazer para auxiliar nesse processo é ampliar a sua percepção, pois a verdade, o real, já está dentro de você, mas encontra-se encoberto por pensamentos e sentimentos que você acredita ser a realidade. Por isso eu lhe convido a se tornar um explorador da consciência; a se tornar senhor de si mesmo. E isso significa não mais identificar-se com aquilo que é transitório.”
    Sri Prem Baba

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  5. Interessante também nota a última frase do autor de que não morreu, mas entrou na eternidade. O imortal é aquele que nunca morre, mas teve um início, foi criado então é imortal, e o eterno é aquele que nunca morre, mas não foi criado e nunca nasceu, nem teve origem, é eterno, mas não teve começo, existe pela eternidade e este é só Deus. Acredito que o autor fala de uma jornada de um mago específico que é imortal, mas no final da jornada se funde com o eterno, este mago é uma certa vertente do eterno que trabalha com os imortais e depois se funde a ele novamente. Acredito eu que o autor ele fala de um certo Ser que nem mesmo os deuses falam dele.

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