terça-feira, 14 de outubro de 2014

FORMAS DE ENTENDIMENTO

Qualquer que seja o assunto tratado sempre as interpretações, conclusões, explicações, respostas para determinada questão é sempre relativa conforme o observador, conforme o pensamento de quem trata a questão. Se colocasse diversas culturas, doutrinas, religiões, pensamentos, ideologias etc. para tratar de qualquer assunto, íamos ver as mais variadas interpretações e formas de respostas conforme também o sistema doutrinal de tal corrente ou pensamento. A maioria pertence a uma religião, a alguma ideologia, corrente de pensamento ou compartilha de determinada doutrina, crença ou meio de conhecimento, isto é na verdade o comum dos seres humanos aqui na Terra, logo que também só em viver já se pertence a um meio ou maneira de viver e perceber as coisas. Observa-se também a grande influência e poder de cada crença, pensamento, modo de entendimento que cada sistema tem sobre seu adepto, cada um coloca todas as coisas e vive sua vida conforme seu próprio sistema de entendimento e percepção, nota – se os limites de cada um conforme também seus sistemas pessoais, já que nenhum passa do que simplesmente está sendo em cada momento, observando que está sendo e não se é em essência, porque se assim fosse realmente seria permanentemente sempre o que se está sendo, e não com o andar das coisas muitos sistemas e maneiras de vida mudam e se desenvolvem também. Observa – se também que cada sistema de pensar, viver, perceber, entender é simplesmente tudo o que está constituindo momentaneamente o ser, assim como também limita o ser ao mundinho particular de seu próprio pensamento. Percebe – se assim também que os diferentes modos, maneiras e sistemas de viver, pensar, entender ou perceber divide as coisas, separa e coloca cada questão ao seu sistema particular, sem realmente mesmo ser algo além de qualquer coisa relacionada a tudo isso. Então as doutrinas, religiões, pensamentos, ideologias etc. separam as pessoas ao invés de uni-las, dividem e limitam o ser em todo o seu potencial e essência em um sistema miúdo e particular só seu, sem realmente mais nada do que esse ser com potencial e capacidade de até mesmo transcender o eu individualista. Com isso pergunto, pode o ser abraçar, compreender, ser ou algo assim o todo sem está definindo, limitando, sujeito ao erro... sem está preso ou limitado a nenhum sistema? Um ateu por exemplo vivendo conforme seu pensamento está tranquilo acreditando que a morte será seu fim, um crente acreditando que pode se dar bem depois dessa vida conforme suas ações e assim por diante. E se caso por exemplo a morte não for o fim ou então para o crente a morte ser o fim? Ambos podem ter diversos conflitos, fases de experiência, decepções, alegrias e assim por diante simplesmente por causa de suas percepções e entendimentos particulares, além de dividir e separar os sistemas causam diversos problemas ao invés de solucionar, responder, realizar plenamente o conflito de existir, viver, estar, ser .... A vida em geral de um ser com todas as suas complexidades, mistérios e circunstâncias demonstram o quão jovem e criança em entender e perceber qualquer coisa os seres humanos ainda são, desde a questão mais simples até as diversas ações e pensamentos a sua maneira é como se fosse nada, por mais sagrado e importante que seja ou que se coloque qualquer coisa, é tudo ainda muito miúdo e praticamente sem substância e sem sentido quanto a veracidade que é e existe no nosso universo, é como se o homem estivesse sendo um grão de areia em meio a toda a areia do mar, e se achasse, acreditasse e pensasse ser na verdade um deus.



Além disso, apenas quero colocar aqui a questão dos conflitos, separação e divisão causados pelos sistemas de entendimento e percepção seja qual for ele, isto é o homem em seu potencial e essência de ser, não está sendo é sim um deus, como disse Cristo “- Sois deuses e se esqueceram disso”, pelo fato da queda, do desvio o homem está sendo, não é isso que aparenta estar sendo, no qual com o andar infinito será realmente o que se é e não ficar sendo ou se limitando a coisas que na verdade vive conforme suas experiências pessoais. Então se você se desapegar, retirar – se do sistema em que nível for, estará aberto não para suas experiências nem sistemas particulares mas para um entendimento universal, sem medo, sem preconceito, sem julgamento, sem intenções mas realmente aberto para a verdade, não para as experiências nem condições individualistas e pessoais de cada um. O ignorante é a mesma coisa do maior dos sábios, isto é na condição de ser humano apenas, tanto faz o grande pensador e matemático como o homem da caverna ignorante no conhecimento de si mesmo ou das ciências, todos no final das contas passam e vivem as mesmas coisas apenas superficialmente diferente – O todo é o uno e o uno é o todo – Ser e não ser são em essência as mesmas coisas – Não há diferença entre o vácuo e o tudo, o existir e o não existir. Como aqui quero colocar enquanto tivermos ateus, religiosos, crentes e descrentes etc. será tudo sempre a mesma coisa assim como se é mesmo o crente e o descrente, estando diferente apenas na forma, mas a essência, situação, busca, preenchimento, resposta é a mesma. Se libertar é a coisa mais difícil, ser livre é o maior desafio, ninguém é livre nem consegue ser livre por mais que se ache livre, está sempre preso a um sistema sujeito ao erro, impermanência, conflitos, andar e andar estando sempre ainda distante de onde se deve chegar e chegará um dia também, mesmo na eternidade. Com isso o maior desafio, a maior batalha é vencer a si mesmo, transcender todos os valores e seus próprios limites em que condição for.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A VERDADE SOBRE O AMOR

Os sábios mais antigos dividiram-o entre Eros, Filo e Ágape, o amor em seus níveis e dimensões pode ser apenas uma atração grotesca e densa até mesmo uma energia transcendental, inefável e divina. A amizade também é uma forma de amor, o romance, a atração sexual mesmo sendo baixo e denso até mesmo o amor universal conforme ensinado pelos mestres maiores Cristo, Buda, Krishna, Maomé, Baha Hulla, Lao Tsé entre centenas de outros que visitaram o planeta passageiramente mas com envolvimento em ajudar. Como esclarece Krishna a Arjuna, tudo é na verdade energia de Deus, o mau, o bem, o certo, a vida, visível, invisível, existir, não existir, dimensões, o tudo e o nada... apenas em diversos níveis e dimensões essa energia pode ser algo tão denso como sutil imperceptível até mesmo aos deuses maiores e que lá estão (O Vácuo como coloquei também no post sobre o vácuo e a origem do universo nesse blog retratando uma das maiores questões sobre a gênese). O amor e o ódio tem a mesma essência e energia, só muda a forma, o bem e o mau a mesma coisa, uma única energia que varia de formas e assim pode ser dirigida ao sexo, sentimentos, emoções, pensamentos, matéria, espírito, pensamentos e qualquer outra coisa concebida ou não a qualquer sentido ou percepção. Por isso na verdade o mau não existe, o ódio é só o amor doente e não realmente o ódio ou o mau como fato e verdade, o que existe é só o amor, o bem, o caminho e a verdade tudo o mais não é fato, está acontecendo, estando e sendo mas na verdade não é.

Além disso também, os sentimentos de amor que você coloca como fato de uma mãe para o filho, de uma homem para mulher e assim por diante por mais que seja sincero, verdadeiro e fatual mesmo assim ainda não é amor, a maior amizade ainda não é amor, o maior sacrifício ainda não é amor, é sim um grande sentimento, grande feição, um grande gostar e tudo o mais. Mas amor é só o amor universal mesmo, como ensinado pelos avatares Cristo, Krishna, Buda, Ramana Baghavan etc o amor não escolhe, não tem preferência, não é individualista, parcial, não julga nem maltrata, não pune, não faz o mau, não é egoísta nem ciumento e jamais deixa de perdoar seja o que for, jamais deixa de ajudar ou estender a mão seja a quem for, é equânime, é incondicional e universal, o amor é simplesmente tudo.