
A
Bíblia, palavra que vem do grego βιβλία, e quer dizer “rolo”, “papiro”,
‘livro”, palavra também derivada do nome de uma cidade Fenícia conhecida pelos
Gregos de “Biblos”, onde muitos papiros dessa cidade eram exportados para a
Grécia nessas épocas, hoje essa antiga cidade da Fenícia é Jbeil, no Líbano. A
Bíblia é uma compilação de livros selecionados, tendo 73 livros a Bíblia
Católica, 66 Livros destes a Bíblia Protestante, e correntes derivadas como
(Pentecostalismo, Calvinismo, Metodismo e outros.) e 5 livros destes os judeus,
conhecido por eles como Torá, é dividida pelas religiões Cristãs em velho
testamento e novo testamento, e a Torá dos judeus que são apenas 5 livros do
velho testamento. Do tempo em que alguns desses livros selecionados foram
escritos e pela primeira vez traduzidos, até os dias de hoje, a Bíblia já teve
milhares de traduções e é o livro mais vendido e lido no mundo inteiro.
Segundo
a versão histórica de muitos Cristãos, a Bíblia tem 40 autores chamados de
profetas, intermediários de Deus, que por inspiração divina escreveram tais
livros inicialmente, entre 1 500 a.C. e 450 a.C. (livros do antigo
testamento) e entre 45 d.C. e 90 d.C. (livros do novo testamento). Por outro
lado segundo historiadores e estudiosos essa versão está na verdade equivocada,
no qual os livros do velho testamento por exemplo relatam histórias de povos
como os Hebreus, Egípcios, Babilônicos, Filisteus e outros. Assim Moisés que era
judeu, e foi educado por egípcios, não escreveu os livros que essa versão
Cristã a ele atribui ter escrito, mas era um personagem da história cujo parte
de sua vida e seus pensamentos foram colocados nesses livros, prova disso é Deutorônimo
34 que relata a morte deste personagem, como ele escreveria sua própria morte
se estava morto? A não ser que depois de morto ele inspirou alguém em espírito
ou algo similar e relatou a este, sua morte. Com isso Moisés não escreveu tudo
isso como fala a versão Cristã, foi escrito por outros que relataram a história
deste personagem e seus pensamentos. Essa versão Cristã apenas se equivocou em
pensar que os livros foram escritos todos por esses 40 autores, enquanto na
verdade foram escritos por outros, que apenas relataram a história e vidas, de
alguns desses ditos autores, por eles. Com isso a Bíblia narra a história de
certos povos, seus costumes da época, crenças, tradições, leis no qual
inicialmente essas histórias registradas em rolos, papiros se preservaram sendo
reescritas por escribas da época até chegar a Era Cristã no caso do velho
testamento apenas. E segundo alguns historiadores esses escribas eram povos de
diferentes nações, e pode ser que alguns até colocaram coisas de acordo com
suas interpretações pessoais, prova disso é a história do dilúvio de Noé, no
qual antes mesmo da época dos grandes Manus para uns, patriarcas, profetas para
outros Moisés, Abrahão e outros mais já havia no terceiro milênio um relato de
uma mesma história Diluviana na Epopeia de Gilgamesh, registrada no terceiro
milênio, mas contada oralmente por tempos atrás, cujo a história é a mesma
coisa, apenas o nome dos personagens é diferente, até por ser o da epopeia de
Gilgamesh ser sumeriano e o de Noé ser Hebraico antigo e cada um tem seus
termos e nomes dados a seus deuses e personagens mitológicos conforme sua
cultura. Com isso alguns historiadores concluem que o escriba que colocou a
versão de Noé nesses parâmetros, se inspirou no mito da Epopeia de Gilgamesh
retratando o mito numa versão Hebraica apenas. Além disso também haviam vários
escritos de conteúdo mitológico, religioso de vários povos e os que pertencem a
Bíblia foram selecionados para ali está dentre muitos outros, e historiadores
também concluem que os que estão na Bíblia foram inspirados por Teogonias de
mitos de povos antigos, como a simbologia da criação, o que era no início de
tudo, Deus único, profetas... no qual entre os Persas, na Índia e escolas
iniciáticas esotéricas tinham muitas similaridade quando não cópias retratadas
em uma versão Hebraica. Já que escribas de diversos povos reescreveram várias
vezes esses livros até chegar a Era Cristã de Jesus, no caso aqui só o velho
testamento por enquanto. Alguns Cristãos defendem a ideia da Bíblia ter sido
inspirada e acompanhada por Deus através de suas interpretações e traduções e
por isso não tem erro algum, mas João Evangelista no livro de Revelação alerta:
“-Ai daquele que modificar alguma coisa disso aqui”, demonstrando que o que
recebeu e ali escreveu é divino, mas seus tradutores e ré escritores podem
modificar ou se enganar conforme suas intenções ou limites de pensar e
interpretar, outro ponto também são as versões Bíblicas no qual falarei mais
adiante.
Na
Era Cristã de Jesus (porque na verdade Cristo é um título, Messias é um título
a alguém com tal característica e perfil, no qual Jesus foi um que teve tais
característica e recebeu esse título de Cristo e Messias. A palavra Cristo do
grego já havia sido utilizada por Heródoto, Ésquilo e outros, era um título
atribuído a alguém de alma iluminada e versado nas questões espirituais e divinas,
antes de Jesus houveram outros Cristos, e o historiador Josefo nos esclarece
que o termo Messias Hebraico é derivado
de uma outra palavra egípcia cujo sentido e significado é o mesmo, e no antigo
Egito existiram alguns Messias, como o rei Messias contado por Josefo, mais uma
vez indícios da influência dos outros povos na cultura hebraica, assim Jesus
foi mais um Cristo, mais um Messias e não o único Cristo) os judeus não
conseguiram enxergar em Jesus o Messias profetizado nos livros que retratam a
vida e pensamento de Isaías, daí a história da Pedra Angular, de que Jesus era
essa pedra, era o Messias, e ele estava ali, mas os judeus não o reconheceram,
a pedra angular que se encaixaria e completaria todo o sistema. Os judeus
justificam isso de diversas formas, em uma delas é que Jesus não condiz com as
características do Messias profetizado por Isaías, pois na versão judaica do
velho testamento as escrituras dizem que o Messias:
A - Construirá o
terceiro Templo Sagrado (Yechezkel 37:26-28)
B - Levará todos
os judeus de volta à Terra de Israel (Yeshayáhu 43:5-6).
C - Introduzirá
uma era de paz mundial, e terminará com o ódio, opressão, sofrimento e doenças.
Como está
escrito: "Nação não erguerá a espada contra nação, nem o homem aprenderá a
guerra." (Yeshayáhu 2:4).
D - Divulgará o conhecimento universal sobre o D'us de Israel - unificando toda
a raça humana como uma só. Como está escrito: "D'us reinará sobre todo o
mundo - naquele dia, D'us será Um e seu nome será Um" (Zecharyá 14:9).
Pequenas
contradições das escrituras católicas e protestantes da Hebraica se trata de
uma questão de tradução no qual na versão judaica é como coloquei aí em cima e
nas versões católicas e protestantes tem uma outra interpretação, sem entrar em
detalhes mais citando pontos, na Bíblia católica e protestante em Isaías fala
que uma virgem dará à luz a Emanuel (Messias, Deus Conosco - Jesus), na versão
judaica não existe esse termo virgem, que na verdade mesmo se referia a mulher
jovem, não virgem na verdade, questão de tradução que muda o sentido das
coisas, isso e pequenos outros pontos mais. A questão mesmo é que a versão
judaica é uma coisa, e os tradutores das escrituras católicas tem algumas
outras palavras que mudam o sentido da coisa, por isso jesus na versão católica
é aceito como messias e na versão judaica Jesus não é aceito, não é o Messias.
Por isso os judeus em sua maioria, os tradicionalistas das escrituras não
aceitam Jesus e o messias até hoje ainda não chegou, estão esperando. Assim, a
escritura por diferença nas versões fez com que uns grupos baseados na sua
versão das escrituras aceitem Jesus e o outro grupo baseado nas suas versões
das escrituras aceitam Jesus como o Messias profetizado por Isaías. Por isso a
história da Bíblia termina para os judeus em Jesus e para os católicos e seus
derivados continua em Jesus.
No
novo testamento é retratado parte da história de Jesus, costumes da época,
leis, discípulos de Jesus, apóstolos, porção de suas vidas e seus pensamentos,
e outras coisas mais. Alguns apóstolos escreveram e assim deixaram registrados
pensamentos e histórias escrito, alguns escribas também reescreveram alguns
destes até 100 anos depois da morte de Jesus, o primeiro evangelho a ser traduzido
em uma língua, o evangelho de Marcos (São Marcos para os católicos), daí em
diante outros evangelhos foram traduzidos gradativamente do Hebreu, aramaico
(língua adotada por hebreus em uma determinada época) e o Grego para outras
línguas, assim no século II D.C muitos livros foram ainda traduzidos, entendendo que haviam na verdade mais de 300 livros até serem selecionados apenas 73 por São Jerônimo mais tarde criando assim a Bíblia, como explicarei mais adiante. Acontece que até São Jerônimo, ninguém pode comprovar nada sobre a veracidade ou não dessas traduções, do século II até o século IV de São Jerônimo. Um exemplo disso é a passagem sobre os vendilhões do templo, no qual pode até ser que essa história realmente aconteceu, mas não da mesma forma como consta na Bíblia. Prova disso é que, nessa época haviam soldados por toda a parte, vigiando, mantendo a segurança e em procura de criminosos e foras da lei, se Jesus de forma desequilibrada quebrasse as coisas, destruísse tudo como consta na Bíblia, no mínimo teria sido preso, pego por soldados, seria a mesma coisa de hoje em dia alguém entrar numa Igreja católica e quebrasse todos os santos, afirmando que aquilo era errado, era idolatria, politeísmo, saísse destruindo tudo, no mínimo alguém envolvido naquilo tudo, iria atrás da polícia e essa pessoa seria presa... assim também na época de Jesus, ninguém faria aquilo, que era na verdade bagunça... no mínimo essa pessoa seria levada por soldados, receberia uma penalização ou algo assim, por outro lado também um ser de luz igual a Jesus em desequilíbrio por coisa pequena.... Assim provavelmente essa história foi inventada por algum escriba, por algum motivo ou acrescentada por este também, com um pouco de exagero a mais. E assim escribas foram reescrevendo e traduzindo as escrituras até São Jerônimo criar oficialmente a Bíblia como explicarei mais adiante.
Com o imperador
Constantino, ter legalizado o Cristianismo em Roma, e como tal pertencia a
cultos politeístas romanos, sincretizou seus deuses com personagens do
Cristianismo. A grande deusa dele se camuflou em forma de Maria, Jesus como seu
deus solar e assim por diante. Os deuses de outras culturas só ganharam mesmo
denominação de demônios depois da revolução da Cristandade com Martinho Lutero
que também negaram todos os santos católicos e adoração a Maria por
considerarem essencialmente politeísmo disfarçado e idolatria a personagens que
não seja Jesus nem Deus. Ao ser legalizado o Cristianismo em Roma, este foi
sistematizado como religião, daí se organizaram em hierarquias de papa e outras
coisas mais com seus significados e ordens. Nesse tempo muita coisa também foi mudada
do que se falava nas escrituras, como o dia sagrado dos Hebreus era o sábado,
costume seguido também por Jesus, mudaram para o domingo e muitas coisas mais.
Quando se criou o sistema mesmo Cristão católico com todas as suas hierarquias
e ordens, a igreja resolveu criar seu Evangelho a ser seguido pelo povo, para
terminar de completar o sistema, essa missão foi dada ao teólogo Eusebius
Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de São Jerônimo no século IV depois de Cristo. Primeiramente
São Jerônimo teve a incumbência de selecionar os livros que seriam colocados
dentro desse evangelho, pois existiam vários livros e escrituras no qual São
Jerônimo teve acesso, o que a Igreja considerou muito destes hereges, errados
por serem Gnósticos, outros, por outros motivos, e hoje alguns destes ainda
salvos, encontrados arqueologicamente e por outras razões mais, considerados
hoje como apócrifos e que não puderam pela Igreja Católica da época entrarem
dentro da Bíblia católica que posteriormente derivaria a Bíblia protestante. Daí
saiu a Vulgata, a Bíblia latina. Como diz a frase “Não existe tradução
perfeita”, “Quem conta um conto, aumenta um ponto”, não foi diferente na
tradução de são Jerônimo, prova disso é uma passagem do Êxodo que descreve o
semblante do profeta Moisés, São Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse
facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”, enquanto na verdade o que
aconteceu é que São Jerônimo interpretou a palavra hebraica karan, que pode
significar tanto “chifre” quanto “raio de luz” por chifre, o que na verdade
seria dizer que Moisés tinha um raio de luz luminosos na cabeça, se referindo
na verdade a luminosidade do Chackra Coronário, mas uma vez também o indício de
alguém narrando a vida de Moisés e não contada por ele como na versão Cristã,
mas não existe mesmo tradução perfeita.

Com
o passar dos tempos foi só no século XVI através de uma reforma religiosa, é
que a Bíblia foi traduzida novamente. Através dessa reforma nesse século, o
alemão Martinho Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, nesse movimento, em
discrepância com a igreja católica nasceu o protestantismo. Nessa Bíblia se
retirou 7 livros contidos na vulgata, pois foram considerados apócrifos por
esse novo movimento e segundo eles não deveriam ter entrado dentro da Bíblia.
Na vulgata São Jerônimo havia selecionado 73 livros para formarem a Bíblia,
retirado sete pelos protestantes, suas Bíblias ficaram com 66 livros apenas.
Daí até hoje a Bíblia foi traduzida várias vezes para vários idiomas até os
dias de hoje. Alguns conspiracionistas afirmam que depois da Bíblia Protestante
se a Igreja católica adulterou em alguma coisa as escrituras, se estagnou aí
essa suposta adulteração, pois já havia outros com acesso a Bíblia e o ritmo
seguiria o mesmo, caso contrário seria percebido. Mas mesmo assim as traduções
com o passar do tempo deixaram seus vestígios de divergências em detalhes cujo
o sentido passa uma mensagem diferente. Uma prova disso é o batizado segundo
Lucas e segundo Mateus. Em um, o batizado deve ser em nome da trindade (tradução
católica) em outro deve ser em nome de Jesus (tradução protestante), a Igreja
católica explica isso retratando o batizado realizado por João Batista que era
um batizado na tradição judaica e não Cristã de Jesus, e o batizado de Jesus
que batizava em nome dele, que é o batizado Cristão, mas o batizado em nome da
Trindade tem o filho que é Jesus, não era o batizado judeu. O que na verdade é
uma questão mesmo de tradução, para os protestantes os dois batizados de Lucas
e Mateus é em nome de Jesus, a Igreja colocou a trindade em um destes. Outra
questão de tradução também é sobre a morte e o destino após essa. A versão
judaica usa o termo Cheol, se referindo ao local dos mortos, em algumas
interpretações Cheol é a sepultura, o cemitério, isto é, a morte é o fim, existindo
além dessa apenas a ressurreição da carne, do corpo morto, e nada de
imortalidade de uma alma separada do corpo, por isso a Bíblia dos testemunhas
de Jeová que segue a versão da Tradução do Novo Mundo não existe inferno
eterno, no lugar de lançado ao fogo eterno, está: lançado ao Cheol, lugar dos
mortos, isto é, sepultura apenas, por isso para estes não existe inferno
eterno, e a doutrina da alma que vai pro céu e pro inferno não é Bíblica para
eles, pois na versão deles a interpretação do Cheol é sepultura e não local dos
mortos como um local que os mortos vão após a morte, no qual na interpretação
de católicos e protestantes Cheol para eles é um local para onde vão os mortos,
por isso colocaram lá inferno para os maus e céu para os bons, pois na
interpretação deles não é a sepultura, mas um local destinado aos mortos depois
da morte. E na versão Grega a palavra Hades, que na verdade é o deus grego da
morte, existem Bíblias com o termo Hades até, e esse deus controlava o mundo
dos mortos e de acordo com a mitologia grega havia os locais de sofrimento e
locais bons para os mortos conforme o que eram quando vivos, olha só a
influência da mitologia grega na crença e tradução bíblia católica e
protestante. Os Adventistas do
sétimo dia também seguem a mesma versão dos Testemunhas de Jeová em relação a
morte na Bíblia. De tradução para tradução, interpretação para interpretação,
os sentidos das coisas mudam, pois em Bíblias existem inferno, outras,
sepultura, local que ficam os mortos traduzidos da palavra hebraica scheol e
grega hades. Outra questão de tradução também é na questão de ressurreição, do latim ressurrection, traduzidos por "ressuscitar" dos verbos gregos
egeirô (estar
acordado, despertar) e
anistêmi (tornar a ficar de pé, regressar, voltar
novamente), dando a ideia de que seria nas palavras de hoje “reencarnar”,
morreu e voltou novamente, regressou novamente, mais uma vez do mundo dos
mortos para a carne novamente. O que os gregos diziam quando se ia para o mundo
dos mortos e o que acontecia depois, no qual interpretaram como ressuscitar da
carne, mas a palavra também era palingênese (novo nascimento), nascer novamente
na carne, voltar e nascer novamente, isso tudo em estudos de Grego antigo foram
constatados por estudiosos. Além disso de qualquer forma também São Jerônimo traduziu das traduções anteriores a ele, colocando esse termo de ressurreição, existentes em todas as Bíblias provindas da Vulgata, porque também, vemos no conceito de ressurreição de Paulo em
coríntios, no qual este separa o corpo físico e o corpo celeste (questão de
tradução “espírito”), e afirma que o corpo físico semeia (gera), mas a ressurreição é
do corpo espiritual, isto é, ressurreição mesmo aí é só questão de tradução,
mas ele quer dizer que o corpo físico morre e o espírito continua. É tanto que
a ressurreição dos católicos, protestantes, pentecostais é o conjunto da
ressurreição da carne juntamente com a sobrevivência da alma imortal fora do
corpo físico, por quê? Ora, acabaria tendo uma confusão de alinhamento de
pensamento se aceitassem só a ressurreição da carne, por que? Ora, Jesus está
aonde hoje, no céu? Como, em carne, não em espírito, então o que foi a
ressurreição da carne? E quando Moisés e
Elias que já haviam morrido apareceu para jesus e alguns discípulos? Foi em
espírito. Os anjos são espíritos do bem, os demônios espíritos do mal, existem
os espíritos e Jesus está em espírito, não em carne hoje imortalizado segundo a
crença. De qualquer forma a ressurreição só leva a questão da imortalidade da
alma, ao invés de ressurreição da carne, continuar como espírito, levantar como
espírito, o morto continua como espírito, não que o corpo ressuscite, prova
disso é a outra apalavra grega: anástasis ek tón nekron, ou seja: "ressurreição
dos mortos", e não dos corpos, no qual os mortos ressurgem em espírito,
continuam depois da morte em espírito, apenas questão de tradução, porque nem é
ressurreição mesmo a palavra certa, mas ressurgir, voltar de novo. E na
tradução Hebraica “scheol” de acordo com os próprios hebreus da época se
tratava do mundo dos mortos, local a que eram destinados pós – morte, pois na
passagem: "O Senhor é o que tira a vida e dá: faz descer ao scheol e faz
tornar a subir dele" (1 Sm 2:6). Ele vai ao local, mundo dos mortos e
volta novamente.
Em
uma outra passagem de Isaías também, é relatado a entrada do rei de Babilônia
no scheol, onde outros reis mortos o reconhecem e dele passam a zombar (Is.
14:9-16). Tais "mortos" (do hebraico refaim), julgando que a
futura descendência babilônica retornaria nas mesmas faltas de seus
antepassados - os quais estavam ali, no scheol -, aconselham aos que
estavam na Terra suas mortes: "Por causa da maldade dos pais, promovei a
matança dos filhos". Ou seja, ao suporem, ali no scheol, que
os cruéis babilônicos não estavam arrependidos do que haviam feito quando
vivos, aqueles reis mortos avisam, pelo profeta Isaías, que tais
criminosos poderiam tornar a
levantar-se, isto é, voltar novamente em futuras gerações, repetindo suas faltas
antigas.
Além
de tudo isso também, o porquê dos termos scheol e anistêmis (no Grego antigo),
Hades (usado até hoje) são referentes mesmo naqueles tempos ao local para onde
iam os mortos e não sepultura, e que o termo ressurreição foi uma questão de
tradução, onde a tradução correta deveria ser algo cujo sentido seria
reencarnação (cabível apenas de um tempo para cá, pois antigamente não existia
essa palavra, eram outras palavras que tinham esse mesmo sentido). Prova disso
é que quando Jesus chega o sistema religiosos judeu já estava formado desde os
tempos de Noé, Moisés, Abrahão numa linhagem que se preservou, o conselho
hebreu era formado por sacerdotes religiosos, e estes tinham a crença na
reencarnação como dogma. Vemos que, quando chegam os sacerdotes do conselho e
perguntam a João Batistas se ele era Elias, no qual ele responde que não, isto
é, a vida anterior de João Batista, quem foi ele? Quando também chegam para
Jesus e perguntam: “- Senhor o que fez esse homem para nascer assim? Ele pecou ou foi seus pais? Observem, se ele
pecou, sendo que já nasceu assim, isto é, estavam se referindo a algo do
passado dele, e como ele nasceu assim, no caso em sua vida passada. E quando
jesus pergunta sobre quem acham que ele era? Uns dizem que é Jeremias e outros
profetas mais do passado e Jesus responde que nenhum destes... Isto é, no
sentido de que seria Jesus a reencarnação de alguns dos profetas do passado. E
muitas outras passagens cujo o sentido é nítido, demonstra claramente que a
reencarnação era dogma daquele povo. Por outro lado haviam várias doutrinas e
sistemas religiosos e espirituais nesse tempo, os Basilidenses, os Terapeutas
(da época de Moisés), os Levitas, os Essênios, os Carprocracianos, os fariseus
e muitos outros, e todos estes eram reencarcionistas, inclusive os Fariseus, no
qual o historiador Josefo isso comprova, de que na crença dos Fariseus, os bons
voltariam novamente, e os maus permaneciam no mundo dos mortos. Jesus criticava
os fariseus não pela crença e pensamentos, mas pela hipocrisia que falava o que
é certo, mas o coração errado. Apenas os Saduceus (criado por Saduc que era um
seguidor de Salomão) é que não acreditavam na vida após a morte, acreditavam em
Deus, não na vida após a morte. Os Gregos também eram reencarcionistas, até mesmo
por causa de Sócrates, Platão, Pitágoras... e assim por diante. Prova de que a
crença em um mundo para onde os mortos vão e retornam depois nasceu lá na
Índia, no Egito antigo, nas civilizações mais antigas e se tornou dogma de
quase todos esses povos antigos até mesmo depois da Era Cristã de Jesus.
Por
outro lado, temos também uma história que ficou escondida por um bom tempo, O
Concílio Ecumênico de Constantinopla. Esse Concílio ocorreu no ano de 553 D.C
cujo Imperador de Roma era Justiniano, a Imperatriz, sua esposa Teodora e o
Papa Virgílio. Segundo o hiostoriador Procópio,
Teodora era filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, era quem
na verdade manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao
Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais
tarde, a morte de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer as
consequências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a
lei do
carma, ensinada também por Jesus: “Aquele
que fere com a espada, com a espada também será ferido” empenhou-se em acabar
com essa ideia da reencarnação de vez. Lembrando que naquela época não usavam
esse termo “reencarnação”, mas outro termo que tinha por sentido esse mesmo
significado. Esse Concílio foi convocado por Justiniano e só participaram bispos do oriente (ortodoxos). Nenhum
de Roma. E o próprio "Papa", que estava em Constantinopla também
participou.
O
Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro,
mais ou menos em caráter privado, organizado pelo Imperador que queria retirar
do evangelho essa crença da reencarnação. Acabou que esse concílio foi
realizado por 165 bispos da Cristandade em sua reunião final, dos quais 159
eram da Igreja oriental. Com isso, o Imperador ganhou os votos da maioria como
quis.
Mas a conclusão deste Concílio chegou após uma
discussão de quatro semanas e teve que ser submetido ao "Papa" para
aprovação. Sendo que na verdade, os documentos que lhe foram apresentados
(Conhecidos como "Três Capítulos") falavam apenas sobre a disputa de
três eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um decreto declarado
heréticos. Nada continham sobre Orígenes,
que era o mais atacado na verdade por este, por defender a Reencarnação. Os
"papas" seguintes, Pelágio I (556 - 561 D.C ), Pelágio II (579 - 590
D.C ) e Gregório (590 - 604 D.C ), quando se referiram ao quinto Concílio,
nunca tocaram no nome de Orígenes.
E assim a Igreja aceitou o decreto de Justiniano - "Todo aquele que ensinar esta fantástica
preexistência da alma e sua monstruosa renovação, será condenado" -
como parte das conclusões do Concílio. Esta atitude da Igreja levou a reações
tais como a do Cardeal Nicolau de Cusa que sustentou, em pleno Vaticano, a
pluralidade das vidas e dos mundos habitados, tendo o apoio do Papa Eugênio IV (1431 -1447),
embora isso provocasse confusão entre os clérigos de Roma. Esse Concílio tratou de várias outras
questões também, mas principalmente derrubar Orígens e a doutrina da
reencarnação, tirou do evangelho o verdadeiro termo que se referia a
reencarnação, sendo colocado no lugar deste, a palavra Ressurreição. Entendendo
que a própria Igreja católica antigamente aceitava a Reencarnação e esse
episódio mudou o destino de tudo.
Hoje muitas Igrejas Cristãs se baseiam na Bíblia,
mas algumas destas Igrejas tem interpretações diferentes umas das outras,
referente a tal livro:
·
Os Testemunhas
de Jeová, seguem a versão Bíblica da Tradução do Novo Mundo, nessa versão não
existe inferno nem céu nem morada dos mortos, o túmulo é o inferno, os mortos
se acabam com a morte, ressuscitando todos no dia do Juízo Final para serem
julgados.
·
Movimento do
Nome Sagrado: Dizem que a Bíblia traduzida para o latim está errada, principalmente
em traduzir os nomes dos personagens do Hebraico para o latim, no caso, Jesus é
um nome latinizado de Yahushua, João é Yokaanan e assim por diante. Os
Testemunhas de Yeoshua é derivado desse movimento.
·
Os Adventistas do Sétimo Dia, guardam o sábado
como dizia no mandamento e também costume seguido pelo próprio Jesus. Não
existe céu, nem inferno eterno, a morte é o fim da vida, além disso só quando
ressuscitarem para o juízo.
·
Os Cristadelfianismo: Não aceitam o inferno
eterno, não aceitam a queda de Lúcifer como os outros, para eles um anjo
perfeito, criado por Deus, não cai, não desvia, Deus não erraria em sua criação,
interpretam isso como uma metáfora, simbologia que Deus quis passar para
explicar o mal na Terra. São diferentes em quase tudo das outras doutrinas que
também tem a Bíblia como base de tudo.
·
Congregação Cristã: Não se consideram uma
religião, e sim Cristãos, religião é coisa dos homens. Também não se apegam
tanto a estudar e interpretar a Bíblia minuciosamente, pois o espírito Santo que
inspirou a Bíblia também se manifesta na Igreja e pode lhes orientar em
qualquer coisa.
· Mórmons: São Cristãos, mas seus evangelho é "O livro de Mórmon", tem uma versão diferente de Jesus em alguns pontos de outras correntes Cristãs, acreditando que a Bíblia não é mais como foi realmente escrita inicialmente, devido a deturpações e diversas traduções, acreditam que seus evangelho substituem esta no mundo contemporâneo.
· Igreja da Paz e da Unificação: São Cristãos, acreditam que Jesus não cumpriu sua missão por completa e o fundador desta, Sun Myung Moon continuou a missão deste.
E muitas outras Igrejas mais, algumas
são unicistas (Pai, Filho e Espírito Santo são um só), catolicismo,
protestantismo, neo pentecostais, todos acreditam nisso. Outras Unitaristas
(Pai, Filho e Espírito Santo são personagens separados, Jesus não é Deus e sim
o filho de Deus por exemplo) Igrejas como testemunha de jeová, Tabernáculo da
Fé, Voz da Pedra Angular, Só jesus entre outras.
E as religiões Cristãs que não se
baseiam na Bíblia por completo como o espiritismo Kardecistas, o Racionalismo
Cristão, Fraternidade Rosa Cruz de Max Heindel entre outras. No caso do
espiritismo Kardecista deixam de lado muitas coisas do velho testamento porque
certos costumes, práticas mostradas nesses livros o próprio Jesus não aceitou,
como a lei dente por dente e olho por olho usada na época de Moisés, sacrifício
de carneiros... Jesus ensinou o amor aos inimigos, o perdão, fazer o bem a
todos em geral, a caridade e o amor a Deus. Assim os espíritas dão mais ênfase
aos ensinamentos de Jesus apenas, na parte Bíblica, procurando moldar a si
mesmo e viver conforme Jesus ensinou, sem se amarrar tanto a detalhes ou
interpretações disso nem daquilo, seguem só Jesus e pronto, aceitam os outros
profetas, avatares e iluminados também, mas frisam mais só Jesus mesmo.