Você não tem
parentes, não tem família, não tem nada nem possui nada. Só existe você mesmo.
Tudo o mais é ilusão. Sinta sua respiração. Respire aliviado. Perceba sua
liberdade que tem como algo natural do viver. Aprofunde-se no prazer e deixe-o
tomar conta de sua alma. Você é livre, livre e livre. Viver é bom. Você é obra
do mundo, não se incomode com nada. Seja neutro. Também seja frio como o gelo.
Tudo é como você quer, do jeito que você quer. O mundo é reflexo seu.
Caia fora de
tudo isso através de você mesmo.
"Assim separamos o viver do morrer. O morrer é o fim da nossa vida. Nós o pomos tão longe quanto possível – um longo intervalo de tempo – mas ao fim da longa jornada morremos. E a que é que chamamos viver? Ganhar dinheiro, ir para o trabalho das nove às cinco, sobrecarregado seja no laboratório, seja no escritório ou em uma fábrica, e o interminável conflito, medo, ansiedade, solidão, desespero, depressão – toda essa forma de existência é o que chamamos vida, viver. E a isso nos agarramos. Mas é isso viver? Esse viver é dor, sofrimento, ansiedade, conflito, toda forma de decepção e corrupção. Onde há interesse pessoal tem que haver corrupção. Isso é o que chamamos viver. Sabemos disso, estamos muito familiarizados com tudo isso, essa é a nossa existência diária. E temos medo de morrer, que é largar todas as coisas que conhecemos, todas as coisas que experimentamos e acumulamos – a adorável mobília e a bela coleção de quadros e pinturas. E a morte vem e diz, Você não pode mais ter nenhuma dessas coisas.
ResponderExcluirPortanto agarramo-nos ao conhecido, com medo do desconhecido."
That Benediction is Where You Are, pp 64-65. Krishnamurti.