O
mundo criou o homem e este criou o seu mundo dentro do mundo.
O
mundo do homem dentro do mundo com o tempo se tornaram um só mundo.
A
vida é a única questão a ser tratada, fora isso é só um mundo para ele
“próprio” cujo nada nem ninguém nem mesmo “ele próprio” tem o sentido de
existir, sob uma vontade ativa de ser e de viver.
É
tão simples, mas o caos existe devido às formas que criamos e nos tornamos
segundo essa máquina da natureza que potencializa e dá substância a qualquer
coisa relacionada à vida.
Deus
não criou o homem, mas este criou Deus e Deus não criou o mundo, mas este se
apresentou como um deus e posteriormente como Deus.
O
homem é o pai de todos os valores religiosos, sociais, culturais, políticos,
econômicos... em um processo contínuo de ter que alimentar a corrente no qual é
inevitável e impossível ele se sair e se livrar.
A
vida é a projeção e ação do homem em qualquer coisa que de alguma forma ele
está ou se relaciona.
A
morte é a condição que direta ou indiretamente mais mexe com o homem em geral.
Não
há mais nada para acontecer nem nunca precisou ser, acontecer, existir... tanto
quanto o ontem, hoje e amanhã é não linear a qualquer coisa que se é.
Perguntas,
respostas são problemas da alma.
Não
é possível saber nem entender, e as perguntas tanto quanto as respostas são as
mesmas coisas e ambas fazem parte de um estado fracassado por se ser ou apenas
ser.
O
homem nunca sentiu o vento, jamais se molhou na água nem andou sobre a Terra. O
homem não é e nunca foi nem nunca será, mas o mundo usa o homem e este se
acredita existir e ser real.
O
homem é uma roupa, o mundo uma situação vestida nessa roupa. Logo, o homem
acredita e se percebe como real e acha que o mundo é um lugar e algo no qual
ele está inserido, relacionado e nele vive quanto também existe.
Deus
é só um conto de fada fictício, os deuses, eternidade, Verdade, imortalidade da
alma, espírito, ressurreição, reencarnação... fantasias mágicas que no homem
está inserida.
Dinheiro,
leis, sociedade, indústria, sistemas, culturas, valores, tradições, modos de
viver, de ser e se organizar em que forma for é o meio que o homem não pôde
escolher e então criou – os inspirado naquilo mais próximo do que podia
conhecer, sentir, fazer por si mesmo, pelos outros, pelo mundo e por qualquer
coisa no qual está inserido, relacionado e se é.
A
morte é o fim da vida.
O
ser é mortal, um dia morre e se acaba.
Toda
realidade é uma passageira realidade, e toda Verdade é uma falsa Verdade.
Ser
e não ser não é a questão, mas um meio conflituoso necessário que o homem fez
de si mesmo. Se não tivesse feito, estaria no mesmo destino inevitável similar
ou igual a questão de ser ou não ser.
Não
é a vida um sentido, mas um sentido é a vida e o mundo dos homens, seres,
pessoas e qualquer outra coisa mais.
A
vida não tem um sentido, nem nada é, mas se faz, se torna e se é para que o
sentido da vida seja considerado e aprovado.
A
vida não é, mas se é para se ser, e se a vida fosse seria o que os homens
chamam de “Deus, Eternidade...” e isso é uma ilusão fantasiosa, e se caso
fosse, ainda assim não seria em nenhuma condição, nem em algo nem nada, já que
se é eterno, divino... A perfeição não joga nem se esforça, não se apresenta
nem se manifesta, não afirma nem nega, não vive nem morre... os deuses ou Deus
não são fábulas lendárias cabíveis no dicionário de qualquer coisa ou dimensão.
A
vida não é, nem nenhum sentido tem, o que é dado e o que se é, é mais uma das
condições, estados ou dimensões do homem em relação a si mesmo ou ao mundo.
Não
é o sentido a substância da vida, mas a substância do sentido é que é o sentido
da vida. E se o sentido fosse ainda essa substância, daria no mesmo já que a
vida é sempre um “é” de ser, está, viver, colocar, agir, fazer, morrer e assim
por diante.
O
transcendente é o sonho do divino acordado e o não transcendente é o sonho do
divino dormindo, a eternidade é a ilusão do divino ser real, e se mesmo assim
fosse o mundo seria uma representação pobre demais tanto do grande quanto do
pequeno ou de qualquer coisa mais de consideração ou de não consideração.
O
homem é seu próprio começo e seu próprio fim, o mundo é o começo dele mesmo, a
criação do ser e o fim sem um fim.
Não
existe esperança porque não é real, se caso fosse real era esperança e não se
precisava ter esperança.