Os direitos humanos são direitos
básicos de cada pessoa como indivíduo que se é. Baseado na dignidade humana
para se viver bem e em harmonia com os demais, direito à liberdade, segurança,
ao trabalho, à saúde, direito à liberdade de crença, pensamento, expressão e
muito mais. Ir contra os direitos humanos é ir contra sua própria dignidade
humana de viver uma vida de bem, como também ir contra o meio e forma mais
humana possível de se conviver, tomar medidas justas para situações hostis e de
violações, assim como também ir contra os princípios de liberdade, igualdade e
fraternidade. Toma - se como exemplo em tempos atuais ou passados no qual
certos povos são obrigados a professar uma única crença ou pensamento, tendo
que ir contra suas próprias conclusões, forma de entender e pensar
pessoalmente, sendo penalizados se caso contrário afirmam algo ao contrário,
trabalho escravo, sofrer algum tipo de violência, não ter a mesma oportunidade
e direito que o outro igualmente, leis desumanas e violentas, no qual pessoas
são/eram apedrejadas, chicoteadas, queimadas, torturadas, tudo isso e muito
mais é uma demonstração clara de que os direitos humanos representam a forma
mais desenvolvida em aspectos morais e de bem para ser aplicada a uma sociedade
cujo o objetivo seja crescer e se desenvolver em harmonia e de maneira
pacífica, com isso os direitos humanos também representam uma evolução moral e
humana do homem, no qual o homem de tratamento e modo de vida preconceituoso,
racista, selvagem, etnocentrista, cruel,
injusto, desigual... se depurando, melhorando, crescendo, evoluindo em aspectos
morais, civis e de bem, acaba se aderindo naturalmente aos princípios dos
direitos humanos. Em muitas sociedades contemporâneas adeptas dos direitos
humanos, possuem instituições, secretarias como fóruns, promotorias, delegacias
e outras coisas mais para trabalhar em prol de manter esses direitos a cada
pessoa daquela sociedade de forma justa, humana e equânime. Percebe - se que os
ideais das coisas são bons, corretos, mas na prática as coisas não são assim,
isso por causa de corrupção, falhas, negligências e principalmente o próprio
pensamento e coração humano que ainda está distante dos valores morais mais
elevados como o amor ao próximo, a honestidade, o respeito, a compreensão do
lado do outro, justiça, isenção de maledicência, perversidade e vingança. Por
isso se tem o ideal quase perfeito, mas disso ainda se está muito distante,
apenas a medida que o ser humano for melhorando a si mesmo, moldando
internamente e naturalmente em si aspectos negativos em virtudes, ele
conseguirá dar passos de progressos e poderá contribuir realmente para uma
sociedade e mundo melhor.
Um dos documentos mais antigos que
se tem sobre a Declaração dos Direitos Humanos, é o Cilindro de Ciro, que
contém uma Declaração do rei persa Ciro II. Este rei declarou certos direitos
básicos a todos, principalmente o combate a escravidão e a defesa da liberdade
religiosa. Daí com o tempo através da história direitos humanos passou por
várias fases e situações até os dias de hoje. E hoje no dia 10 de dezembro de
1948, a Assembleia Geral da ONU adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que até então tem sido a base e
princípio de todos os direitos humanos contemporâneos.
Em um sentido mais profundo,
direitos humanos tem sua base mesmo em princípios morais e espirituais mais
elevados para se viver bem e de forma harmoniosa com todos. Tem – se como
exemplo alguns iluminados e pensadores espiritualistas no qual ideias e
ensinamentos tem a mesma essência dos princípios éticos e morais dos direitos
humanos.
Jesus ao ensinar o amor ao próximo,
o perdão, amor aos inimigos, fazer o bem a quem lhe faz o mal e a todos sem
olhar a quem, na passagem em que este declara: “-Quando estive nu e me
vesti-te, tive fome e me deste de comer, sede e me deste de beber, estive preso
e foste me visitar”... “quando fizeres isso a alguém é a mim que estão fazendo”
maior exemplo de caridade, amor ao próximo e de fazer o bem sem julgar nem
olhar a quem, independente do que seja e faça a pessoa. Jesus também quando
lança a proposta de educar, regenerar o errado ao invés de lhe violentar por
exemplo, “São os doentes que precisam de remédio, não os sãs” no qual os
errados são os doentes da alma, vivendo em profunda ignorância quanto as
verdades do bem viver, necessitam de esclarecimento e um trabalho bem feito
para contribuir com este em sua regeneração e mudança pessoal. Ensinou que
jamais responda um mal com outro mal, estará sendo igual a eles, “Os ímpios
fazem isso e são assim, nenhuma diferença vocês têm deles” como afirmou Jesus,
sobre o julgamento quando disse “Que atire a primeira pedra aquele que tiver
sem pecado” se referindo a não julgar e sim ajudar no melhoramento interno do
errado “Vá e não peques mais”, isto é, Jesus é contra o erro, não o errado, nem
por isso ele defende o erro, ele defende a vida, o errado como vida, ser que
vive, sente, é alguém, mas jamais seus erros, imperfeições e mal feitos, a alma
do errado ele procura libertar do erro, e não desprezar o errado como se ele
fosse o erro, pois este existe nele e não que seja ele.
Buda quando ensina a compaixão, a
caridade e principalmente o trabalho interno que leva o ser a educação e
aperfeiçoamento interior, contribuindo muito para a educação, onde uma pessoa
melhor a mais na sociedade, melhor ainda para tal sociedade. Buda estimula cada
um a conhecer a si mesmo e melhorar a si mesmo, já que o céu e inferno na vida
de cada um, é conforme o que se é em pensamentos, sentimentos, o que se tem
internamente dentro de si e também se faz aos outros e a outras coisas mais.
Maomé quando afirma que: “Aquele que
se diz, crente, muçulmano e ver seu irmão com fome, precisando de ajuda e não o
ajuda, este não é um crente nem muçulmano”, declarando aí que uma das ações
mais nobres da alma humana é a caridade, amar e fazer o bem a todos os que
precisam e necessitam, sem olhar a quem ou em que situação se encontre. Quando
também o profeta Maomé diz que: “Não deixe que o mal que alguém lhe faça
ascenda em seu coração o desejo de vingança e não o de justiça, porque aquele
que alimenta o ódio e a raiva e quer se vingar, maltratará mais seu semelhante
e fará com ele absurdos do que se ali a justiça realmente fosse feita, e muitas
vezes fará mal pior a ele do que ele fez com tal vítima”, aí o profeta
esclarece que vingança é uma coisa, justiça outra coisa, se deve ser justo e
não vingativo, o amor e o perdão deve ser o domínio no lugar do ódio e da raiva
que só envenenam mais ainda a alma, acompanhado pela sabedoria e bom senso de
haver justiça e nunca vingança.
Mahatma Gandhi quando evitou a
violência em situações muito propensas a isso, no qual através do bem, da não
violência tornou a Índia independente. Martin Luther King que inspirado em
Gandhi e nos ensinamentos de Jesus concluiu que para combater o branco racista,
não devia ter que responder as ofensas e agressões destes com violência e nos
mesmos métodos que estes violentavam, isso se tornaria uma guerra e ia gerar
mais violência ainda, mas através do amor e da educação, tocando o coração e a
mente do branco racista, fazendo – o entender o quão ignorante, cruel, errado e
etnocentrista radical é essa ideologia e atitude racista.
Charles Darwin, que era ateu, e se
baseava na moral Kantiana , afirmando que educação, moral, bons princípios eram
essenciais para uma sociedade. Inclusive na época que ele lançou seu livro
sobre a evolução, que causou muita polêmica na Igreja e outras coisas mais, ele
sempre deixou claro que era com todo respeito, que ali se tratava de ideias e
opiniões, e não tinha nenhuma intenção de ofender nenhuma corrente religiosa
nem de pensamento algum, ele até declarou isso se referindo aos princípios da
moral Kantiana.
Morihey Ueshiba, o fundador do
Aikidô quando afirma que: “Praticamos o Budô e a defesa pessoal, em situações
necessárias usaremos essas técnicas para nos defender, mesmo que precise
machucar nosso semelhante, mas que isso não seja motivo para alimentarmos
internamente em nós a agressão e fazermos disso uma saída para resolvermos
certas medidas extremas, devemos canalizar nossas ações e intenções sempre para
o amor, o bem e a sabedoria de viver”.Estes e muitos outros mais, no qual
tinham por princípio o amor e uma humanidade melhor.
Entre vários valores dos direitos
humanos, o direito a educação e a educação como ferramenta para mudar o mundo, é
uma das melhores formas de se trabalhar, em uma sociedade, para que esta possa
progredir, e tornar as pessoas mais humanas, como também adentra – las dentro
da dignidade humana conforme os princípios dos direitos humanos. Muitos
evangelhos podem contribuir para essa educação, crescimento interno, muitas
etiquetas de comportamento, valores Morais baseados no bem, no bom
comportamento, bons costumes e muitas outras coisas mais. Entendendo o ser
humano como um ser falho, imperfeito, cheio de defeitos e negatividades um
trabalho bem feito em prol de uma transformação, educação de tudo isso, apesar
de existir nas particularidades de vários valores Moraes e religiosos, em
questão de sociedade isso é algo na verdade universal, transcendendo qualquer
barreira de valor particular que é assim ou de tal jeito, independente de
credo, pensamento, raça, sexo... todos podem se assim quiserem se esforçar e se
direcionar a essa mudança, isto é, na verdade educação é algo universal, não
algo particular de tal valor ou cultura específica.
Sendo a educação, o bem o caminho
universal para a harmonia, o bem geral e não apenas verdade de certo sistema
particular de credo, valor ou pensamento, é interessante também separar justiça
de vingança, o bem do pseudo bem. De valor para valor se ver muitos conceitos e
definições do que se é certo e errado, bem e mal, e assim uma certa cultura
valoriza tal coisa, sendo aquilo absurda para outra e assim vice-versa. Mas a questão é que certo e errado existe
como conceito, mas também como verdade da vida, se baseando no andar, caminhar,
viver e no resultado de tudo isso, se pode concluir verdadeiramente o que é
certo e errado, o que faz bem e o que não faz, uma conclusão empírica, mas
racional conforme a própria vida nos mostra suas leis. E até nisso os direitos
humanos acertam, pois não pregam uma verdade absoluta de ser humano, criando
assim mais um credo, e sim aplica leis e atitudes de respeito, compreensão,
dignidade humana apenas, dentro de um princípio moral do bem, deixando cada um
livre como quer, desde que não viole esses princípios.
Com isso também se percebe
nitidamente a diferença do bem para o pseudo bem. Aqueles por exemplo que usam
a violência para combater o crime, respondem o errado no mesmo nível de
extremidade de erro deste, e acham que estão sendo certos e de bem, não
enxergam seus corações como são, e se baseiam numa ação de estar combatendo
aquilo de tal maneira, e por isso de qualquer jeito estão sendo contra aquilo
de errado, e se acham do bem, no modo de falar apenas, pois na verdade ser
contra tal coisa é não ter aquilo em você, não realizar aquilo contra quem quer
que seja. Lembrando que nada aqui tratado deve ser generalizado, em certas
situações necessárias e de inevitabilidade uma ação não quer indicar que aquilo
seja a pessoa, mas um método inevitável que esta encontrou de se proteger e
sair de tal problema, não teve saída e foi necessário, é diferente uma situação
da outra, já que uma é porque se é aquilo e a outra é porque foi obrigada a
fazer aquilo. Por exemplo um homem que não bate em mulher, ele também se
estressa em muitas situações com a sua esposa, pode ser traído, ser resolvido
seu caso de separação na justiça e outras coisas mais, mas nem por isso ele
bate na mulher, por quê? Porque ele não
tem isso em si, bater em alguém mais frágil que ele, ele não é agressivo, não
tem por método resolver muitas coisas, através da agressão e violência. Mas, do
mesmo jeito que o que bate em mulher, passa pelas situações desagradáveis, o
que não bate também passa, mas a diferença está no que cada um é internamente,
todos passam por situações extremas, estresse, constrangimentos sociais, a
maneira de cada um reagir demonstra quem se é na verdade. Não é, tudo está bem,
que se é bonzinho, é na provação, nos desafios, que se conhece cada um, todo
mundo é bonzinho quando tudo está bem, mas na dificuldade é que se conhece quem
realmente é cada um, o coração e intenções. Sendo assim aquele que recorre a
agressão, violência se achando justo, bom, justificando sua violência, porque
se tratava de tal pessoa ou situação, apenas se desculpa para se camuflar de
bonzinho, mas o que ele é na verdade, é que é também ruim, é agressivo, e não
justo e bonzinho, como pensa ser, ou quer convencer os outros de que é. Os
criminosos também justificam seus atos errados, se fazem de vítima também,
sendo que na verdade se trata de uma natureza maldosa, perversa, violenta e
agressiva, e aqueles adeptos da violência são em essência a mesma coisa,
justificam sua violência, afirmando que é porque foi tão pessoa que é errada,
bandida, passou por isso e por aquilo, mas na verdade é porque seu coração é
ruim, existe em si agressão, resolve alguns dos seus problemas dessa forma,
quer dizer que é bom, mas uma situação que lhe provoca tira - lhe a máscara e
lhe revela quem é, quer conhecer cada um, lhe coloca em certa situação, se
desculpa, justifica, mas é na verdade aquilo que ela é. Ser diferente do que se
considera errado, é não realizar aqueles atos dele em situação alguma, sem
generalizar, apenas em certas circunstâncias, porque se é diferente do errado,
não se faz o que ele faz, não repete o que ele faz, não utiliza dos mesmos
métodos dele para resolver suas situações dificultosas. Muita gente que fala em
acabar com a violência e concorda com o linchamento por exemplo, de certas
pessoas, sua voz diz na verdade, que ela não é contra a violência, mas a favor
desta em muitas situações, assim ser contra a violência na verdade, é não
concordar com esta atitude selvagem e criminosa em situação nenhuma, isto é,
quer dizer que é do bem, justa, mas seus atos em resposta a certas situações, demonstram
que não se é nada do que se fala ou se quer ser, como sempre, se justifica
querendo dizer que é do bem, mas não é isso que seus atos dizem sobre você.
Então aquele que diz que é a favor da paz, contra a violência, se é realmente,
não concorda com esta, em situação nenhuma, e nem apela para esta também, sem
generalizar nada. Assim como também se uma pessoa diz por exemplo: “ – Eu tenho
raiva de gente ruim, não gosto de pessoas assim... por mim se dava mal...
sofria...”, quer se dizer uma pessoa boa, mas ao ser provocada por algo, se
revela quem realmente és, um coração maldoso, ruim também, se justifica em dizer
que é por causa disso e daquilo, mas os criminosos também fazem isso, eles
também são vítimas segundo eles, e não enxergam suas maldades e perversidades.
Julga o outro como se ele merecesse tudo de ruim, e não se enxerga, ver o que
existe de ódio, revolta, maldade... no seu coração, demonstração viva de que
ser bom não é fácil, ninguém é bom na verdade, limitados com diversos defeitos
e imperfeições, ser bom é para os diferentes, é para os fortes, como disse
William Shakespeare “Eu já vi muitos pensadores, gênios, grandes homens em
várias coisas, mas não vi nenhum destes suportar uma dor de dente contentam
ente, sem se deixar cair no negativo por causa de tal sofrimento”, isto é, ser
bom é difícil, é mais fácil agredir, apelar, sentir raiva, maltratar do que
tolerar, entender, ser compreensivo e ser bom de verdade, pois se é fraco,
pequeno demais para ser bom, pequeno demais para amar, só os fortes e grandes
amam e são bons de verdade mesmo.
Além disso também direitos humanos
servem para o meio ambiente, animais e tudo mais, pois se refere a forma mais
humana de viver e tratar as coisas e não de simplesmente ser certo assim, só
com os humanos, por isso na verdade direitos humanos representa um aspecto mais
desenvolvido moralmente, mas que na verdade ainda continua a evoluir, ainda tem
muita coisa para se melhorar, progredir, principalmente em relação aos direitos
dos animais, no qual mesmo ainda com toda essa consideração de bem pelos
animais, se tem certos pontos ainda a serem vistos e revisados, para um melhor
ser humano, um melhor planeta, uma melhor valorização e tratamento de dignidade
da vida em geral e não só humana.