A caridade é o lema para se viver, servir, amar, se
doar fazendo o bem a qualquer um em qualquer circunstâncias, estendendo a mão a
todos os caídos, repartindo o pão com todos os famintos, levando esperança e
ânimo aos corações e almas desiludidos, ensinando pelo próprio exemplo e melhorando
– se cada vez mais como um ser civilizado de bem e de caráter moral a cada
experiência vivida, entendendo que a vida é um constante aprendizado e que o
mundo não é mal, que os olhos vesgos da ignorância e os corações estéreis de
amor tornam esse mundo conforme o reflexo dessas ilusórias características, o
que não é, mas aparenta ser, terá seu fim na própria ilusão de que se passou a
ser, apenas sendo, mas que na verdade não é, e a única e verdadeira coisa a se
perdurar é o amor e a verdade, apenas o amor e a verdade.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
O MEDO NESSA QUESTÃO DO DESEJO
Como explicado no post anterior tudo é vontade, a questão do medo não deixa de ser uma variação da vontade, desejo em algo que se tem a necessidade de se está e se sentir bem, seguro, sem perigo, problema e conflito algum. Em outro sentido tudo é medo, o não-medo é só a ausência deste, a condição de se está tranquilo, bem, seguro, nada desconhecido, nada que não se sabe, não se dá conta de fazer, ser ou resolver. O medo é um dos sentimentos mais ocultos que influencia o homem diretamente e indiretamente em tudo, onde todos são inseguros, estão sempre preocupados, alguma coisa neste mundo, nesta vida sempre mexe, preocupa, condiciona e influencia a todos, e tudo isso tem haver com o medo, que é mais do que um sentimento de temor comumente conhecido por todos. A crença tem haver com o medo, a luta diária tem haver com o medo, se convencer, não se convencer, acreditar, seguir algo, fazer coisas e viver de tal forma, tudo inclui o medo, preocupação, insegurança... tudo é medo nesta vida. A luta diária, o esforço, a dificuldade, o martírio, o sofrimento tudo é medo na verdade. Nunca se é você mesmo, jamais se expressa sinceramente a si mesmo como se é, cada um é sempre condicionado,manipulado indiretamente, porque na verdade tem medo. Deus é um problema, viver é um problema, é um conflito que se luta para se resolver, melhorar, tornar melhor, poque se está preocupado o tempo todo, por mais que se seja calmo e tranquilo, qualquer situação hostil é motivo para tirar o sossego e ser um problema, transtorno e conflito a ser solucionado e resolvido. Aquilo que não se conhece é problema, o que é superior é problema, algo que você tem que fazer é problema, porque tem que dar conta, resolver, conseguir, caso contrário é frustração, dor, problema, é a preocupação inerente, o medo oculto de viver e ter que ser capaz de resolver, entender, ser feliz, alcançar a felicidade. Assim viver é um problema, o bem estar é só uma situação de as coisas estarem por enquanto sossegadas e resolvidas, mas o medo e preocupação de ter que manter as coisas dessa forma continua no profundo do sentimento de cada um, com medo, preocupado, pois a vida e o mundo é um desafio constante de se ter que ser isso e aquilo, fazer isso e aquilo de tal forma e mais maneiras, caso contrário a vida é sempre um problema a ser resolvido. Assim o medo oculto é sempre única realidade e vontade indireta que move a todos a viver, lutar, se esforçar, sofrer e buscar realização e felicidade, assim como se convencer várias vezes de que se libertou e se realizou, alcançou a felicidade, mas o medo oculto permanece ainda ali sem ter sido absorvido e vencido, fazendo com que por mais que se esteja bem, a vida é sempre um problema e conflito, engana - se a si mesmo de que se é feliz, mas lá no fundo, a vida é ainda um problema, que está bom, resolvido aparentemente, mas na verdade ainda é um conflito, problema. Se está preso ao karma, a Deus, se tem medo de ser a si mesmo, se tem medo de ser realmente livre, onde a ação, Deus, karma, espiritualidade, dinheiro, crença, valores e coisas e mais coisas sempre serão as máscaras usadas para se acreditar e sentir que tudo está bem, de que se está indo bem e que um dia a paz tão sonhada possa se realizar na vida e no mundo. Leis, Ordens, Valores, culturas, modos de ser e de viver tudo é condicionado pelo medo oculto que ronda geral como impulsão a viver, ser, fazer, lutar, anadar, caminhar e assim por diante. Quando realmente se compreender essa questão do medo por completo, quando realmente você se libertar do MEDO, que não se trata de um processo, evolução, experiência, aprendizado, melhoramento, se tornar mais forte... mas de uma questão totalmente transcendental e inefável. Quando Deus, a vida, o karma, a espiritualidade, o dinheiro, a sociedade, o socialismo, o capitalismo, o ateísmo, os valores, a vida, a morte e qualquer outra cosia mais não for mais um problema, um conflito a ser resolvido, quando você for verdadeiramente livre, onde nem a conquista, nem a derrota, vitória for mais algo a ser superado ou resolvido, quando a vontade for absorvida, o medo que é o grande impulso oculto que move e condiciona a tudo será transmutado de forma inefável, libertando o espírito de uma prisão que se encontra no mundo, nos seres e em tudo desde o átomo até uma grande escala de divindade já muito superior, liberta e realizada. É nessa questão da Vontade nesse tema do medo é que também Sidarta Gautama (Buda) resolve através da compreensão que muitos chamam de budismo ou algum tipo de budismo, no qual quando se realmente compreende, entende, todas as coisas são solucionadas e resolvidas. Por isso também a questão do temor, medo da morte, de Deus, dos deuses, da vida, do ruim, amargo... tudo aí está envolvido.
O DESEJO E A VONTADE COMO “GRANDE POTÊNCIA”
Sentir é desejar, já que conforme se está sentido se
deseja, se quer aquilo no qual se sente, como se sente. Preocupação é desejo,
já que se quer as coisas conforme solucione sua preocupação. Pensar, agir,
perceber... é desejar, pois conforme o estado a ação posta conforme aquilo que
se faz ou se deseja saber. Viver é desejo, ser é desejo, está é desejo, já que
tudo é movimento, ação, atividade, até mesmo o que está parado, inativo, nunca
está, pois está impulsionado a ser e a agir conforme as qualidades de sua
natureza de ser e existir, o que está inativo, apenas está inativo, mas está
sobre sujeição da ação temporal de ali ser, está e também existir. Vejam que o
sentido que aqui coloco de ‘Desejo” não é na verdade o “desejo” comum que
conhecemos, mas qualquer coisa, tudo que tem por princípio sua condição de ser
e esta, já que tudo ou algo é sempre algo a ser o que é, pela existência em si
de como está, ou seja o “desejo” que retrato aqui é a grande potência que move,
faz, torna, cria, inventa o ser e tudo o mais. Nesse sentido último se
referindo a tudo, posso chamar de “Vontade” essa grande potência que
praticamente é tudo, simplesmente tudo e não há nada, nada mesmo que ela não
seja ou como motor não impulsione. O tudo e o nada dos deuses e dos homens é a
‘Vontade” – “grande potência causa e motivo de tudo”. Por isso Alesiter Crowley
falou que: “- A magia é a arte ou ciência de conseguir através da vontade”. A
doutrina Thelêmica no qual Crowley entendia muito bem se tratava dessa “vontade
que aqui também me refiro”. O mundo é vontade, a vida é vontade, os Universos é
vontade, tudo é vontade, pois é algo ou se encontra em algo cujo a ação ou o
está é uma impulsão a ser, existir, está... do jeito e da forma como se é.
Sendo assim, mudando um pouco o sentido, o desejo é
um tema que Sidharta Gautama (Buda) mais dava crédito e se interessava que seus
discípulos realmente pudessem compreender. A questão é que tudo é desejo, você
já nasce e ainda até mesmo no útero, jaz no ser ou no germe a semente primitiva
do que lhe impulsiona a ser, a fazer, viver e etc. todos já tem desejo desde o
útero, desde que nascem e até desde que existam mesmo mortos na situação em que
expliquei a questão da Vontade como Potência Universal.
O desejo consiste em não aceitar as coisas como elas
estão, é querer algo novo, modificar, está, ser, fazer, é um apetite em fazer,
tornar ser conforme como se deseja ou se coloca a ser. Com isso o desejo possui
a característica de apego, ser ou está apegado àquilo que conforme se quer,
caso contrário é incômodo, sofrimento, conflito. Suas paixões dissipam suas
forças vitais, o desejo desgasta energia conforme seu nível, cada um se
desgasta, sofre, está em conflito por não encontrar o contentamento interno,
dentro de si mesmo, onde sua energia e ações se dirigem aos seus desejos, suas
vontades, suas paixões, apegos e sentimentos. A contenta cão, amor universal, gratidão,
a bondade e sabedoria muito bem ensinada por Sidarta Gautama é a chave da
compreensão e libertação do sofrimento, já que tudo se liga ao desejo. Por isso
Gautama na mídia e história é conhecido como aquele que veio libertar a
humanidade da dor e do sofrimento. No momento não vou mais me aprofundar devido
o assunto aqui já está resolvido, já que o que aqui devia ser tratado é só essa
questão do desejo e vontade.
A AUSÊNCIA DE SISTEMAS NO REAL SABER E ENTENDER
Considerando
o mecanismo ritualístico de saber e entender como expliquei no post anterior,
praticamente entender, compreender humanamente é impossível, jamais se
realmente conhece, entende ou se acredita em algo, jamais se realmente sabe de
alguma coisa. Com isso humanamente posso dizer o conhecimento de si mesmo é o
único caminho do ser humano poder está na ponte a atravessar para realmente
saber de alguma coisa... . Então olhe para dentro de si mesmo, observe suas
ações, reações, como se comporta, se relaciona, como age e reage nas diversas
circunstâncias que a você constitui. Observe atentamente cada detalhe do que
você é, age, faz, sem máscaras, intenções, como você é sem enfeites e teatros,
como você é sem julgamento, condenação, nem elogio nem crítica, sem virtude nem
defeito, sem característica, simplesmente como é do jeito que é. Só através
disso você poderá compreender (não ainda verdadeiramente, mas em caminho para
isso.) as coisas livres de qualquer sistema e forma poluente da vida e das
condições do ser humano.
O MECANISMO RITUALÍSTICO DE SABER E CONHECER
A
mente – percepção humana – possui a condição de conhecer, entender,
saber... apenas em um estado ritualístico das coisas no qual o ser se relaciona
ou conhece apenas pela dependência dessa mania, desse ritual, caso contrário
qualquer saber ou entendimento não se trataria de um entender humano, se
trataria de um entender as coisas de uma forma tão “em si”, cujo a compreensão
não se distinguiria do objeto que é compreendido em ‘si’ mesmo, como objeto
“nele” mesmo. É até um absurdo para a maioria retratar aqui esse tipo de
entendimento e compreensão, logo que o sistema mais comum dos humanos é apenas
entender e conhecer conforme a condição do ritual no qual inicialmente
coloquei. Talvez um Zen – budista como Bodhidharma, um Taoísta como Lao Tzu
pode entender de que tipo de compreensão estou falando, para os demais é algo
absurdo como também loucura sem tamanho. Por exemplo se você fala: “- Ele é
iluminado” – “iluminado” é uma palavra com tal significado que qualquer coisa
com tal característica você dirá: “Ele é iluminado, está iluminado, se iluminou
etc”, isto é o entendimento que se tem e como se conhece é a forma que trata
qualquer tipo de relacionamento que se tem com e nas coisas, e a isso aí é
limitado o homem, as pessoas, os seres humanos. Existe um padrão e forma de
conhecer, entender... sem isso é improvável até mesmo saber algo, e esse padrão
se torna a forma limitada dos relacionamentos tanto quanto qualquer capacidade
e limite de viver, entender, sofrer, sentir, perceber e etc. A condição
ritualística de imitar, repetir é o estado de se viver dos seres humanos, em
caso de algo totalmente novo ao humano, seja o que for, por passar a ser
descoberto, inventado, seja lá o que for, passará também a se limitar a estas
condições humanas de viver, ser, saber, existir etc. Nenhum ser humano, nenhum
mesmo seja em que campo, terreno, que coisa for, está limitado fronteiramente
por esta condição. Então apenas algo não-humano inconcebível, imperceptível,
impossível a condição humana (na verdade não sendo bem assim também não, mas
para não complicar direi isto assim mesmo) pode na verdade ter essa compreensão
e entendimento no qual apenas em palavras posso dizer que se realmente
compreende e entende sem erros, falhas nem nada mesmo.
A VERDADE E O SILÊNCIO
O
mundo é uma representação perceptiva do ser. As coisas como são, são apenas o
que são. A percepção de cada um, seja de qualquer forma ou dimensão, reproduz
ao ser que percebe imagens, formas... conforme a percepção de cada um, isto é,
verdadeiramente o que é, apenas é como é, toda representação, imagem, forma,
palavra sobre aquilo não se trata daquilo, e sim da representação perceptiva de
cada ser. Os sentimentos, pensamentos, percepções das coisas se tratam de um
tipo de abuso, barulho, violência sobre as coisas e não de real saber, solução
e entendimento sobre elas.
OS DOIS SENTIDOS DA PALAVRA
A palavra possui um
aspecto contribucional de transmitir algo, transmitir um enunciado, alguma
coisa, demonstrando assim a importância da palavra na comunicação , no qual é
um símbolo de voz com determinado significado e o outro entendendo esse
significado, entenderá por palavras o que o outro quis lhe passar. Com isso a
palavra na realidade possui dois tipos de sentido, no qual em um sentido ela
não existe para o objeto e em um outro sentido ela existe para o objeto. Por
exemplo, a frase: “ – Assim dessa maneira Chicago não aguenta” e “ – Assim
dessa maneira compadre não aguenta”. A palavra é um existir de um objeto no
sentido de que “Chicago” e “Compadre” possui um significado, está demonstrando
algo, está existindo como um objeto e para um objeto que transmite a mensagem.
E é também um não-existir de um objeto pelo fato de que “Chicago” e “Compadre”
saiu da mesma essência, do mesmo mistério, do mesmo som... sem palavra, o som
como a essência que produz a voz no qual nela a palavra é possível ser dita.
Assim o sentido de não-existir da palavra possibilita seu sentido da Palavra
como existindo para o ser e as coisas.
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