Mestre
dos mestres, dragão dos dragões, o maior ícone e mito das artes marciais de
todos os tempos, nenhum outro é tão famoso, tão conhecido e tão querido como
ele, grande mestre das ciências marciais, lutador invencível, com sua simpatia,
alegria, otimismo e sabedoria de viver atraía a atenção de todos ao seu redor,
com uma intuição muito sensível, intelectualidade aguçada e muito conhecimento
era admirado por todos aqueles que por ele eram ensinados, com uma franqueza e
personalidade sem igual representou também no século XX a grande semente
plantada cuja obra e os ensinamentos foram a raiz e o tronco para todo esse
sistema que hoje é vivido e continuará sendo desenvolvido por mais tempo e
tempos como o nível mais avançado provindo direto de um mestre visionário e
pioneiro naquilo que sempre fez. Como dizia Tao Izu: “- Quem conhece tão
profundamente o caminho é muito misterioso para ser compreendido”, assim como
uma chave enigmática aos poucos seus ensinamentos e mensagem aos poucos foram
sendo desvendados por todos os interessados em artes maciais e estudiosos do
caminho, estou falando de Bruce Lee (Jun Fan Lee). Neste post publicarei
exclusivamente a última entrevista realizada por ele onde com sua franqueza e
extrema sinceridade Bruce esclarece aos fãs algumas questões sobre sua pessoa,
vida e fama. Espero que gostem, com muito carinho aos meu leitores, Tiago
Mendonça e Silva - TAO.
Entrevistador:
- Bruce, agora que você se tornou o personagem “Durão” das telas, você deve
sofrer o que todos os personagens durões do cinema sofrem – desafios de
exibicionistas e provocadores. Isso já começou a acontecer com você, não?
Bruce
Lee: - Sim, já.
Bruce
Lee: - Quando eu comecei a aprender artes marciais, também desafiei muitos
instrutores estabelecidos. Mas o que aprendi é que desafiar alguém significa
uma coisa... ou seja: “qual sua reação a isso? Como isso lhe afeta?” se você
estiver seguro de si mesmo levará isso despreocupadamente (ou não dará
importância a isso) porque você perguntará a si mesmo: “tenho dúvidas de que
esse homem conseguirá bater – me (surrar – me ou matar – me?)” e se não tenho
tais dúvidas nem tal temor, certamente não darei importância a isso, tanto
quanto hoje a chuva pode cair muito forte, mas amanhã o sol surgirá novamente.
Entrevistador:
- Mas eles nunca perdem realmente... mesmo se você vencer eles ganham
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Bruce
Lee: - Bem, vamos encarar isso. Em Hong Kong hoje você pode ter uma luta...
quero dizer, uma luta vale tudo? É algo legal? Não é. E quanto a mim, sou sempre
o último a saber sobre esses desafios; homem quero dizer, sempre fico sabendo
pelos jornais, repórteres... antes que eu entenda que diabo está acontecendo.
Entrevistador:
- Bruce, você ensinava artes marciais nos Estados Unidos e dois dos seus alunos
foram James Coburn e Steve Mc-Queen. Você os acha caras durões tal como os
personagens que representam na tela?
Bruce
Lee: - Não, antes de tudo, James Coburn não é um lutador. Aficionado ... sim!
Ele é realmente um rapaz Super. Amável. Além do que um homem muito pacífico.
Ele aprende artes marciais porque ele acha isso como um espelho para refletir a
si mesmo.
Pessoalmente
creio em todo tipo de conhecimento – não importa o que é – em último caso
significa autoconhecimento. E é isso que ele busca. Agora Steve... Steve é
muito irrequieto, Steve é muito nervoso. Ele poderia ser um artista marcial
muito bom. Mas espero que as artes marciais possam esfria – ló um pouco...
talvez tornando-o um pouco mais maturo (brando) e mais pacífico... como James.
Entrevistador:
- você acha que está conseguindo isso... que ele está aprendendo algo?
Bruce
Lee: - Não, definitivamente ainda não. Primeiro porque devido a seu trabalho
com filmagens e roteiros ele não pode tomar aulas em fases regulares. E em
segundo lugar, porque ele continua no nível ainda de apreciar isso (ou
desfrutar disso) como um excitamento, como sua moto, seu carro esportivo...
alguma forma de soltar sua... o que quer que seja... raiva... como quer que
você chame isso.
Entrevistador:
- Quanto de seus personagens cinematográficos você realmente é? Você ensina
artes marciais, mas muitas vezes professores não são os melhores expoentes.
Você é capaz de proteger a si mesmo? Você diria?
Bruce
Lee: - Responderei antes com uma pilheria, se você prestar atenção. Por todo o
tempo as pessoas veem a mim e dizem, “hei, Bruce, você é realmente tão bom?” Eu
digo, bem... se eu lhe disser que sou bom provavelmente você dirá que sou um
fanfarrão, mas eu lhe disser que não o sou, você saberá que estou mentindo,
okay? Para ser sincero com você... deixe – me por neste termos, não temo nenhum
oponente à minha frente, sou muito bem auto - suficiente a ele, não me
incomodam. Devo lutar? Devo fazer algo? Se eu decidir, baby, é melhor você me
matar antes....
Entrevistador:
- Em “The Big Ben você representa o papel de um homem que custa
muito a lutar, fica fora de lutas no início devido a uma promessa que
fez à mãe. É um pouco de você?
Bruce
Lee: - Isso é definitivamente uma personalidade de um filme porque como pessoa
uma coisa que aprendi em definitivo na vida – uma vida de auto – exame – auto
análise (preliny) parte por parte, dia a dia é que eu tenho um mau
temperamento... um temperamento violento de fato. Portanto, aquilo é uma
personalidade cinematográfica, uma pessoa que estou representando e não Bruce
Lee como ele é.
Entrevistador:
- Além de ser um enorme sucesso financeiro – rendeu mais que qualquer outro
filme feito em Hong kong – “The big Bem” mostra algumas cenas muito explícitas
de sexo, não? Qual sua reação em estar numa cama com uma adorável jovem estrela
em frente à toda equipe do estúdio? Aborreceu você? Intimidou você?
Bruce
Lee: - Bem, certamente não me intimidou, não posso mentir! Está certo desde que
o script justifique isso. Mas eu definitivamente
não concordo em colocar algo assim apenas pela coisa em si porque é uma
exploração... e não gosto. Por exemplo, quando comecei a filmar “The Big Ben” a
1ª pergunta que se fazia era quantos mil pés (metros) de filme seriam precisos.
Minha reação é antes de tudo, porque devo começar a lutar? Vê o que estou
dizendo? Parece ser a moda, o que acontece agora... eles procuram por sexo,
sangue... apenas pelo sexo em si e apenas pelo sangue em si!
Entrevistador:
- Uma pergunta sobre o filme... na ocasião em que você decide partir para a
vingança... obviamente o que leva ao clímax do filme... você subitamente sai e
faz amor com uma amiga num bordel. Qual é a motivação para isso?
Bruce
Lee: - Bem, o modo como vejo isso... isso foi uma sugestão do diretor. Aceitei
por este prisma: O personagem sendo um homem muito simples, ao decidir
subitamente ir para morrer... matar... ou ser morto, certo? É complacente tal
coisa num ser humano... que um pensamento simplesmente ocorra como, bem, como
uma básica necessidade de um ser humano que possa desfrutar de algo antes de
morrer... como uma complacente atitude, é apenas uma... ocorrência, entende?
Entrevistador:
- Penso que concordará comigo, Bruce, que uma das coisas que limitou a atenção
dos filmes chineses no passado é que é muito difícil encontrar um ator chinês
que possa atuar... atuar num estilo ocidental, quero dizer.
Você
parece ter cruzado a barreira. Como você acha que ter alcançado isso? Você acha
que tem algo a ver com o tempo que passou nos Estados Unidos?
Bruce
Lee: - Oh sim! Realmente foi. Quando comecei, fiz a série de TV – the Green
Hornet (O besouro verde) em 1965 e conforme eu olhava ao meu redor, homem, eu
via um monte de seres humanos e conforme eu olhava mesmo, eu via que eu era o
único robô ali. Eu não estava sendo eu mesmo, e estava tentando acumular
segurança externa... técnica externa... o modo de mover meu braço e assim por
diante, mas nunca me perguntava o que Bruce Lee tinha feito se tal coisa
acontecesse a ele.
Quando
olho ao meu redor sempre aprendo algo... e é ser a si mesmo! É expressar – se a
si mesmo! Ter fé em si mesmo! Não sair por aí buscando uma personalidade de
sucesso e copia – lá. Não! Parece – me que é o que está acontecendo em Hong
Kong sempre copiam maneirismos, nunca partem da própria raiz de si mesmos, de seus
próprios seres... isto é.... “Como posso
ser eu mesmo?”. Vê? Nunca acredito na palavra astro. Isso é ilusão, homem. Algo
de que o público chama você.
Quando
você se torna famoso, é muito fácil ser enceguecido por todos os
acontecimentos. Todo mundo aparece e lhe chama “S.r. Lee”, se você tem cabelos
compridos eles todos dizem “hei, cara! É a moda! É estar por dentro! “mas se
você não tem nome, todos eles dizem, “olhem esses repugnantes delinquente
juvenil”.
Quero
dizer, pessoas demais estão “sim, sim, sim” pra você o tempo todo, assim a
menos que você entenda o que a vida realmente é a menos que você entenda que
espécie de jogo está acontecendo, percebendo que isso é um jogo... aprazível e
açucarado, tudo bem. Mas muitas pessoas tendem a ser enceguecidas por ele
porque as coisas são repetidas tantas vezes que você acaba crendo nelas e isso
se torna um hábito.
Entrevistador:
- Seu pai advertiu – o sobre as más coisas do show business. Você os encontrou
também?
Bruce
Lee: - Naturalmente.
Entrevistador:
- Você parece ter saído delas admiravelmente bem.
Bruce
Lee: - Deixe por nestes termos. Para ser honesto, não sou tão mau quanto á
maioria das pessoas, mas definitivamente não sou um santo.
Entrevistador:
- Voltando ao assunto luta, com que estilo você está mais identificado –
Karatê, Judô, Boxe Chinês e assim por diante – Qual você acha mais efetivo?
Bruce
Lee: - Minha resposta a isso é: não existe tão coisa como “seguimento efetivo
de uma totalidade”. Com isso quero dizer que pessoalmente não creio na palavra ‘estilo”. Por que? Porque a menos que
haja seres humanos com 3 braços e 4 pernas, a menos que você tenha outro grupo
de seres humanos que sejam estruturadamente diferente de nós poderia haver um
estilo diferente de luta; Por que isso? Porque temos 2 braços e 2 pernas. O
importante é como podemos usa – lós em seu máximo, em termos de conduta, linhas
retas, linhas curvas, para cima, linhas circulares, podem ser lentos, mas
dependendo das circunstâncias pode não ser tão lento.
Fisicamente,
como posso eu ser tão bem coordenado? Isso significa que você precisa ser um
atleta – correndo e praticando todos esses ingredientes básicos. Certo? E
depois disso tudo, você pergunta a si mesmo – como pode você honestamente
expressar você mesmo nesse momento? E ser você mesmo, quando você dá um soco,
você realmente quer dar um soco, não está tentando dar um soco porque está
tentando evitar ser atingido – isso não importa – mas realmente estar nele e
expressar a você mesmo. O mais importante para mim é como no processo de
aprender como usar meu corpo, vir a compreender a mim mesmo? Agora o triste é
que há boxe que usa as mãos, Judô que usa arremesso – não os estou depreciando,
veja bem! Mas estou dizendo que o mal é que por causa dos estilos as pessoas
estão separadas. Não estão unidas porque os estilos tornam – se LEI, homem. Mas
o fundador original de um estilo partiu de hipóteses, mas agora isso se tornou
verdade evangélica e as pessoas tornam – se produtos disso. E não importa quem
você é, como você é, como você está estruturado, como você é constituído, como
você é feito... Isso não importa você apenas torna-se um produto e isso pra mim
não está certo!”.